Ativismo significa, em suma, a defesa de algo, a defesa das nossas verdades, valores e princípios. Deles nasce a vontade de lutar, cativar, inspirar e de demonstrar o nosso ponto de vista.
Não somos todos iguais, por isso o respeito deve ser pilar de qualquer movimento ativista.
A empatia é o começo.
Há, ainda, mais algumas características básicas para se ser um ativista consciente, tais como:
- ter uma cultura de paz e de não violência;
- ter um poder argumentativo positivo;
- ter capacidade crítica,
- estar aberto ao debate;
- saber ouvir;
- respeitar a opinião do outro sem agressividade.
O importante é conseguir fazer-se a diferença de uma forma pacífica e equilibrada.
A alimentação é, sem dúvida, um elemento fundamental no âmbito social.
A defesa do veganismo, poderá começar por aqui. Nesta área, a melhor forma de contagiar alguém será, talvez, através do paladar. Muitas pessoas acham que a comida 100% vegetal é menos saborosa, mas a verdade é que esse tipo de opiniões são, por norma, pouco fundamentadas. Sem se experimentar uma alimentação 100% vegetal é difícil criticar, pois não se tem experiência suficiente para tal.
Quando partilhamos e damos a provar a nossa comida estamos a proporcionar novas experiências e a ajudar a formular novas opiniões. Estamos, no fundo, a ser embaixadores de um estilo de vida através da nossa comida.
Cada um tem as suas verdades e é delas que provêm as crenças. Estas podem manifestar-se sob a forma de: “essa comida não sabe a nada”, “nunca hei de conseguir”, “vou passar fome”, “só vou comer alface”, “não tenho proteína”, “vou ficar desnutrido”, entre outros.
Através do paladar e mesmo da aparência (os olhos também comem), podemos quebrar com facilidade esta primeira barreira. A prova de determinado alimento faz com que os nossos estímulos se alterem devido às emoções provenientes do episódio em questão. Assim sendo, é como se as “defesas” baixassem e é mais fácil conseguir demonstrar que determinados alimentos podem ser igualmente saborosos.
Outra técnica eficaz no ativismo alimentar poderá ser a interação durante o processo de confeção. Neste período, podem ser argumentadas determinadas escolhas alimentar e podem dar-se a conhecer certos alimentos que poderão mesmo ser uma novidade para outras pessoas.
A saúde é também um fator imprescindível para qualquer ser humano, mesmo que a escala de importância possa variar. No entanto, é um aspeto importante a referir num discurso argumentativo. Se estes aspetos forem sustentados com depoimentos pessoais e evidências científicas serão, por consequência, mais aceites.
Neste sentido, é possível ser-se ativista através da alimentação. O diálogo positivo, pacífico e encorajador fará a diferença em qualquer fase do ativismo.
Não adianta impor, o mais importante é aproximar e integrar.
